domingo, 29 de novembro de 2009

Fecundação e Meiose

Meiose - assegura a redução do número de cromossomas para metade – redução cromossómica – passando de 2n (diplóidia) para n (haplóidia).
Células haplóides (n) – possuem núcleos com um cromossoma de cada par de homólogos.
Envolve duas divisões sucessivas – divisão I e divisão II – em que são produzidos quatro núcleos haplóides a partir de um diplóide.

Fecundação – fusão de duas células sexuais (gâmetas) resultando o ovo ou zigoto, portador da soma dos cromossomas transportados pelos gâmetas – duplicação cromossómica.
Células diplóides (2n) – possuem núcleos com pares de cromossomas homólogos, tendo cada par forma e estrutura idênticas e genes com informação para as mesmas características.
O número de cromossomas de cada espécie permanece constante ao longo das gerações devido à meiose.


Reprodução Sexuada

Os descendentes possuem caracteres comuns entre si e também com os progenitores, de acordo com a espécie a que pertencem, mas apresentam também diferenças significativas em consequência, nomeadamente, dos fenómenos de fecundação e meiose que ocorrem.

Clonagem de animais por transferência de núcleos

O núcleo de uma célula do animal que se pretende clonar é transferido para um óvulo de outro animal da mesma espécie, ao qual se retirou o núcleo.




Em 1997, pesquisadores escoceses liderados por Ian Wilmut criaram a ovelha Dolly, o primeiro clone de um mamífero originado de células de um animal adulto.

Produção de plantas por cultura in vitro

A produção de plantas por cultura in vitro é uma prática actualmente muito utilizada. A partir de um fragmento seleccionado produzem-se milhões de plantas geneticamente idênticas. O rendimento é muito elevado. O produto final é robusto e livre de doenças. Processos de reprodução das plantas feitos pelo Homem:
• Enxertia
• Estaca
• Mergulhia


Vantagens:

• É utilizado um só indivíduo, seleccionado pelos seus caracteres.
• Os caracteres pretendidos prevalecem em todos os novos indivíduos.
• As plantas obtidas são robustas e saudáveis.

Desvantagens
• Requer uma técnica especializada.
• Equipamentos sofisticados.
• Pessoal qualificado.
• Aumenta a probabilidade de uma vasta plantação ser totalmente dizimada por parasitas, uma vez que os indivíduos são geneticamente iguais.

sábado, 28 de novembro de 2009

Clonagem

Os processos de reprodução assexuada estão associados à divisão celular por mitose uma vez que um único progenitor dá origem a um conjunto de indivíduos que lhe são geneticamente idênticos – clones. Os clones são um grupo de células geneticamente idênticas e descendentes e uma só célula inicial. Também se aplica a uma linhagem de indivíduos geneticamente idênticos. A clonagem é o processo através do qual se obtém um clone.

Reprodução Assexuada


(clica na imagem)

Reprodução

A reprodução é a capacidade de constituir descendência portadora de genes dos progenitores, assegurando a renovação contínua da espécie e a transmissão da informação genética de geração em geração.
Os processos de reprodução são muito variados, podendo agrupar-se em dois tipos fundamentais:

Reprodução assexuada:

• Sem intervenção de células sexuais e sem fecundação
• Descendência a partir de um único progenitor
• Os descendentes são geneticamente idênticos entre si e ao progenitor


Reprodução sexuada:
• Ocorre a fecundação, com fusão de gâmetas, geralmente provenientes de dois progenitores diferentes, e formação de um ovo
• Os descendentes são únicos, geneticamente diferentes entre si e dos progenitores

Estabilidade genética

O DNA, ao longo do ciclo celular, sofre uma duplicação, passando de 2Q a 4Q, e uma redução, passando de 4Q a 2Q. No período G1, imediatamente a seguir à mitose, a célula possui 2Q de DNA, já que cada cromossoma é constituído por um cromatídio, logo, uma só cadeia de DNA. O DNA vai ser reposto na totalidade, o que acontece durante o período S, em que ocorre a replicação semi-conservativa do DNA. Na anáfase ocorre uma distribuição igual dos cromossomas pelas células filhas. Assim, as células filhas recebem um numero de cromossomas idêntico ao da célula mãe, logo, a mesma informação genética, caso não ocorra nenhum erro, mantendo-se assim a estabilidade genérica durante gerações.

Regulação do ciclo celular

O ciclo celular pode parar em determinados pontos e só avança se determinadas condições se verificarem.
Existem três momentos em que os mecanismos de regulação actuam:

Na fase G1

Os Mecanismos de regulação fazem como que uma “avaliação interna” do estado da célula, caso seja negativa a célula fica em estado denominado G0, até serem estimuladas para passarem para a fase G1.
Se na fase G1 a molécula de DNA não se apresentar de forma adequada ira ocorrer a Morte Celular por Apoptose.

Na fase G2

Os mecanismo de controlo avaliam se a replicação conservativa do DNA ocorreu correctamente, caso haja algum dano na molécula de DNA, o ciclo é interrompido.

Na Mitose

Na Mitose existem mecanismo de regulação que analisam se a repartição dos cromossomas, decorridos na anáfase, ocorreu de maneira equitativa. Caso contrario o ciclo é interrompido.

A apoptose é um processo em que se verifica o “suicídio da célula”, visto esta não estar em condições para se dividir, tornando-se inútil e portanto ocorre a morte da mesma.
A célula quando entra em Apoptose verifica-se o colapso do núcleo, fragmentação do material genético e a posteriormente a célula acabará por se fragmentar.

Comparação da fase mitótica em células animais e vegetais

A mitose processa-se de igual modo para ambas as células.

As diferenças estão ao nível da citocinese.



Fases do Ciclo Celular

Interfase – período compreendido entre o fim de uma divisão celular e o início da seguinte.
Fase G1 – período entre o fim da mitose e o início da síntese de DNA. Caracteriza-se por uma intensa actividade biossintética.

Fase S – auto-replicação do DNA. A estas novas moléculas associam-se as respectivas proteínas e, a partir desse momento, cada cromossoma passa a ser constituído por dois cromatídios ligados pelo centrómero. Nas células animais, dá-se ainda a duplicação do centríolos.

Fase G2 – decorre entre o final da síntese do DNA e o início da mitose. Dá-se a síntese de biomoléculas necessárias à divisão celular.

Fases da Mitose
Prófase:
- etapa mais longa da mitose - há enrolamento dos cromossomas; ficam mais curtos e grossos
- os dois pares de centríolos afastam-se para pólos opostos, formando entre eles o fuso acromático
- no final da etapa, os nucléolos desaparecem e o invólucro nuclear desagrega-se

Metáfase:
- os cromossomas apresentam a sua máxima condensação
- os pares de centríolos atingem os pólos da célula
- os centrómeros, ligados ao fuso acromático, dispõem-se no plano equatorial da célula e formam a placa equatorial - os centrómeros estão virados para o centro do plano equatorial e os braços para fora

Anáfase:
- o centrómero rompe-se
- os cromossomas iniciam a ascenção polar ao longo das fibrilas dos microtúbulos
- no final da etapa, cada pólo da célula constitui um conjunto de cromossomas exactamente igual

Telófase:
- inicia-se a organização dos núcleos-filho
- forma-se o invólucro nuclear
- inicia-se o processo de descondensação dos cromossomas
- a mitose termina

(clica na imagem)

Constituição de um cromossoma

Cromossomas – moléculas de DNA associadas a proteínas. Podem apresentar-se sob a forma distendida ou condensada.



Introdução ao Ciclo Celular


Alteração do Código Genético (Mutações)

Mutações – alterações permanentes no genoma dos indivíduos. Podem ser genéticas (afectam nucleótidos de um gene) ou cromossómicas (porções maiores de genoma).

Mutações Génicas:
- Substituição de um nucleótido
- Inserção de um ou mais nucleótidos
- Delecção de um ou mais nucleótido

Mutações Cromossómicas:
- Estruturais
- Numéricas


As mutações podem ocorrer:
- Gâmetas (mutações germinais): podem ser transmitidas à geração seguinte
- Outras células (mutações somáticas): não são transmitidas à descendência (excepto em reprodução assexuada)
Efeito das Mutações:
- Neutro, se não afecta o indivíduo
- Prejudicial, se provoca danos graves no indivíduo
- Benéfico, se tem valor evolutivo

Consequências das Mutações:

- Anemia falciforme – é resultado da mutação no DNA da sequência CTT por CAT.






- Albinismo – ausência de melanina




Etapas da Tradução

Iniciação – a subunidade pequena do ribossoma liga-se ao mRNA na região de AUG, o codão de iniciação. O tRNA, que transporta o aminoácido metionina, liga-se ao codão de iniciação. A subunidade grande ribossomal liga-se à pequena subunidade. O ribossoma está então funcional.

Alongamento – o anticodão de um novo tRNA, que transporta um segundo aminoácido, liga-se ao segundo codão por complementaridade. Seguidamente, estabelece-se uma primeira ligação peptídica entre o aminoácido que ele transporta e a metionina. O ribossoma avança três bases e o processo repete-se ao longo do mRNA. Continua a tradução dos sucessivos codões e da ligação dos aminoácidos para a construção da proteína.

Finalização – quando o ribossoma chega a um codão de finalização (UAA) e por complementaridade o reconhece, termina a síntese. Os codões de finalização constituem verdadeiras pontuações da mensagem. A cadeia polipeptídica destaca-se. Os componentes do complexo de tradução separam-se. As subunidades ribossomais podem ser utilizadas para formar um novo complexo e iniciação com uma molécula da mRNA.

Tradução do mRNA


Processamento do pré-mRNA

Intrões – sequências de nucleótidos que não codificam informação.

Exões – sequências de nucleótidos que codificam informação.

No processamento do pré-mRNA, por acção de enzimas, são retirados os intrões, havendo, posteriormente, a união dos exões.

Estas transformações dão origem ao mRNA.



tRNA

A estrutura típica de um tRNA apresenta dois locais característicos.

- Extremidade 3’, que termina em todos os tRNA com a sequência CCA, através da qual este se liga ao aminoácido.

- Conjunto de três nucleótidos – anticodão – diferente em cada tRNA e que determina o aminoácido a que este se pode ligar. é o local de ligação ao mRNA.